A economia europeia precisa aumentar sua dinâmica, pois, por algum tempo, não conseguirá competir à altura com os Estados Unidos. De acordo com Stéphane Séjourné, vice-presidente da Comissão Europeia, a União Europeia terá de adotar uma estratégia mais assertiva nas negociações com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

Para se proteger das possíveis consequências de uma guerra comercial cada vez mais próxima, que representa uma ameaça séria devido à retórica de Trump, Bruxelas deve adotar medidas preventivas. A estratégia mais adequada seria a abordagem "Europe First", uma versão do 'America First', como afirma Séjourné."

Ele adverte que, caso Trump implemente as tarifas prometidas, a competitividade da UE sofrerá uma queda significativa. Nessa situação, a estratégia protecionista adotada pela União Europeia protegeria os principais setores da economia europeia dos impactos de um conflito comercial global. Neste momento, é mais prudente que Bruxelas adote uma postura defensiva, defendendo seus interesses comerciais e evitando que os mercados da zona do euro sejam invadidos pelas importações chinesas, acrescenta Séjourné.

O político também expressou preocupação com o risco de a Europa ser vítima de uma guerra comercial global no futuro próximo. Diante deste cenário, vários economistas e políticos já pediram um fortalecimento da posição econômica da Europa e maior autonomia, especialmente com o confronto comercial iminente com os EUA.