EUA reforçam controles de exportação para a China
As relações comerciais entre Washington e Pequim enfrentam desafios crescentes, com os Estados Unidos intensificando suas medidas de controle sobre as exportações de produtos essenciais para o setor de semicondutores da China. Essas restrições impactam diretamente tanto a fabricação de chips quanto o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial no país.
Entre as ações adotadas, o governo americano impôs controles rigorosos sobre 24 categorias de equipamentos fundamentais para a produção de semicondutores na China. Além disso, novas normas passaram a restringir a exportação de produtos de memória de alta largura de banda, essenciais para a fabricação de chips avançados. Até o momento, 140 empresas chinesas, incluindo gigantes como a SMIC e a Huawei, foram incluídas em uma lista de entidades que necessitam de licenças especiais para negociar com fornecedores globais.
A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, destacou que essas são as medidas mais severas já implementadas pelo país, com o objetivo de limitar a capacidade da China de fabricar chips de ponta, usados em sua modernização militar.
Em julho de 2024, surgiram rumores de que o governo Biden planejava expandir essas restrições, estendendo-as à exportação de equipamentos usados na produção de semicondutores para fabricantes chineses. Se implementadas, essas medidas poderiam afetar a maioria das fábricas do país, restringindo o acesso a tecnologias de mais de 30 países, incluindo Israel, Cingapura e Malásia.
O impacto dessas políticas se intensificou em novembro, quando autoridades americanas solicitaram à Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) — uma das líderes globais na produção de semicondutores — que suspendesse a venda de chips usados em tecnologias de inteligência artificial para empresas chinesas.